Related Posts with Thumbnails

magtoo

sábado, 13 de dezembro de 2008

dialogo

300px-Eros_bobbin_Louvre_CA1798

 

Diálogo

O mancebo perfeito e o velho humilde e rude
Viram-se. E disse ao velho o mancebo perfeito:
"Glória a mim! sorvo o céu num hausto do meu peito!"
E o velho: "Engana o céu... Tudo na terra ilude..."

"Rebentam roseirais do chão em que me deito!"
"A alma da noite embala a minha senectude..."
"Quando acordo, há um clarão de graça e de saúde!"
"Pudesse ser perpétua a calma do meu leito!"

"Quero vibrar, agir, vencer a Natureza,
Viver a Vida!" "A Vida é um capricho do vento..."
"Vivo, e posso!" "O poder é uma ilusão da sorte..."

"Herói e deus, serei a beleza!" "A beleza
É a paz!" "Serei a força!" "A força é o esquecimento..."
"Serei a perfeição!" "A perfeição é a morte!"

olavo bilac

pedidos

O pobre pede pão. O nobre pede o trono.
O santo pede o altar, o crente pede a missa,
e quem das leis sociais sofre amargo abandono
ergue as mãos para o Céu, pedindo por justiça.

Quem ama pede amor. O insone pede o sono.
O mártir pede a cruz, e pede o herói a liça.
Pede o inverno o verão; a primavera o outono,
e o sábio pede a luz da verdade castiça!

Quem luta pede a paz. O enfermo pede a cura.
O verme pede a terra e a águia pede a altura,
e quem sofre a opressão pede a mão que o redima.

E o Poeta, também, seguindo a mesma norma,
é um mendigo a pedir a pureza da Forma,
a beleza da Idéia e a riqueza da Rima!

Atos Fernandes

o adeus de teresa

1e07a5949de69f0bc59b73f1b8fab65f

O ADEUS DE TERESA

CASTRO ALVES

A vez primeira que eu fitei Teresa,
Como as plantas que arrasta
a correnteza,
A valsa nos levou nos giros
seus...
E amamos juntos... E depois
na sala
"Adeus" eu disse-lhe
a tremer co'a fala...

E ela, corando, murmurou-me: "adeus."

Uma noite... entreabriu-se um reposteiro...
E da alcova saía um cavaleiro
Inda beijando uma mulher sem véus...
Era eu... Era a pálida Teresa!
"Adeus" lhe disse conservando-a presa...

E ela entre beijos murmurou-me: "adeus!"

Passaram tempos... sec'los de delírio
Prazeres divinais... gozos do Empíreo...
... Mas um dia volvi aos lares meus.
Partindo eu disse — "Voltarei!... descansa!...
Ela, chorando mais que uma criança,

Ela em soluços murmurou-me: "adeus!"

Quando voltei... era o palácio em festa!...
E a voz d'Ela e de um homem lá na orquesta
Preenchiam de amor o azul dos céus.
Entrei!... Ela me olhou branca... surpresa!
Foi a última vez que eu vi Teresa!...

E ela arquejando murmurou-me: "adeus!"

Fonte: www.dominiopublico.gov.br

o derradeiro amor de Lord Byron

Acs_Nu_Feminino_Estilizado_80_60_500_s_c

O DERRADEIRO AMOR DE BYRON
(OS ESCRAVOS)

CASTRO ALVES

Ét, puisque tôt ou tard l'amour huntain s'oublie,
Il est d'une grande âme et d'un heureux destin?
D'aspirer comme toi pour un amour divin!
ALFRED DE MUSSET

I

Num desses dias em que o Lord errante
Resvalando em coxins de seda mole...
A laureada e pálida cabeça
Sentia-lhe embalar essa condessa,
Essa lânguida e bela Guiccioli ...

II

Nesse tempo feliz... em que Ravena
Via cruzar o Child peregrino,
Dos templos ermos pelo claustro frio...
Ou longas horas meditar sombrio
No túmulo de Dante — o Gibelino...

III

Quando aquela mão régia de Madona
Tomava aos ombros essa cruz insana...
E do Giaour o lúgubre segredo,
E esse crime indizível do Manfredo
Madornavam aos pés da Italiana ...

IV

Numa dessas manhãs... Enquanto a moça
Sorrindo-lhe dos beijos ao ressábio,
Cantava como uma ave ou uma criança...
Ela sentiu que um riso de esperança
Abria-lhe do amante lábio a lábio...

V

A esperança! A esperança no precito!
A esperança nesta alma agonizante!
E mais lívida e branca do que a cera
Ela disse a tremer: — "George, eu quisera
Saber qual seja... a vossa nova amante".

VI

— "Como o sabes?. . . " — "Confessas?" — "Sim! confesso. . . "
— "E o seu nome. . . " — "Qu'importa?" — "Fala Alteza!. . . "
— "Que chama douda teu olhar espalha,
És ciumenta?. . . " - "Mylord, eu sou de Itália!"
— "Vingativa?. . . " - "Mylord, eu sou Princesa!. . . "

VII

— "Queres saber então qual seja o arcanjo
Que inda vem m'enlevar o ser corruto?
O sonho que os cadáveres renova,
O amor que o Lázaro arrancou da cova
O ideal de Satã?. . . " — "Eu vos escuto!"

VIII

— "Olhai, Signora... além dessas cortinas,
O que vedes?. . . " — "Eu vejo a imensidade!. . . "
- "E eu vejo. .. a Grécia... e sobre a plaga errante
Uma virgem chorando..." — "É vossa amante?..."
— "Tu disseste-o, Condessa!" É a Liberdade!!!. . ."

Fonte: www.secrel.com.br

confusões religiosas

18.jpg

Confusões Religiosas

As pessoas em geral se dizem crentes ou descrentes , mas a regra é uma confusão e  poucas pessoas sabem no que realmente acreditam.
Em primeiro lugar confudem agnostico com ateu; ateu é aquele que não crê em Deus, agnostico é o que acredita que não é possivel chegar a uma conclusão a respeito.  Conceitua que o universo está por conta propria , sem interferencia de ninguem.]
Nas crenças religiosas a confusão piora e os cristãos são campeões nisso. O que é ser cristão? O resumo da doutrina esta na oração CREDO , mas poucos a conhecem e quem conhece dá enfase a  coisas que não tem importancia nenhuma.
Em geral o cristão virtuoso acredita que existe  uma alma , onde está alojada o ‘eu’,que sobrevive ao corpo e aguarda a hora de ir para o ceu ,num lugar de penitencia chamado purgatorio,  pasmem senhores, isto naõ está no CREDO; o que Cristo prometeu aos cristãos virtuosos é a RESURREIÇÂO,ou seja uma vida eterna em um corpo imortal.. Assim um apostolo disse  no Evangelho;  “se Crirto não ressucitou a nossa crença é vã”.
Cristo disse  que a principal virtude cristã é amar ao proximo; a maioria entende  que o proximo é a familia, então cuidam da familia e o assunto de ser cristão está resolvido.  Não está não, Cristo disse claramente que a familia não vale,  “quem são minha mãe e meus irmãos?”.  Cuidam muito melhor da familia os hindus e os chineses,  os primeiros politeistas e os segundos ateus, enquanto os que se dizem cristãos,não respeitam os mais velhos, tendo com eles  o comportamento de psicopatas desprovidos de compaixão .
E a crença? Todos os que se dizem cristãos , se dizem crentes,ora senhores a  verdadeira crença é um privilegio dos inocentes ,si la inocence est perdue. pelo conhecimento da realidade das coisas~,  não tem retorno, tem que assumir ,e ir sózinho ganhar o pão com o suor de seu rosto.

Jcf–-dez 2008

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

São Paulo-----duas épocas